Sendo o PODER “um
jogo social” e “para aprender a dominá-lo, você deve
desenvolver a capacidade de estudar e compreender as pessoas”, no livro
“As 48 Leis do Poder”, de Robert Greene, seus conceitos são expostos de forma
objetiva e com abundância de exemplos. Chamam-no de “Manual do Vilão”, particularmente,
tenho-o como o “Manual para se Tratar com os Vilões”. Das Leis que exibe com
maestria, transcrevo as seguintes, que interessam a este pequeno ensaio:
- 1ª Lei - “Não
ofusque o brilho do Mestre - faça sempre que as pessoas acima de você se
sintam confortavelmente superiores. Querendo agradar ou impressionar, não
exagere exibindo seus próprios talentos ou poderá conseguir o contrário -
inspirar medo e insegurança. Faça com que seus mestres pareçam mais brilhantes
do que são na realidade”; e
- 5ª Lei – “Muito
depende da reputação - Dê a própria vida para defendê-la - A reputação é a
pedra de toque do poder. Com a reputação apenas você pode intimidar e vencer;
um deslize, entretanto, e você fica vulnerável, e será atacado por todos os
lados. Torne a sua reputação inexpugnável. Esteja sempre alerta aos ataques em
potencial e frustre-os antes que aconteçam. Enquanto isso, aprenda a destruir
seus inimigos minando as suas próprias reputações. Depois afaste-se a deixa a
opinião pública acabar com eles”
A definição de EGOÍSMO
gira em torno da “qualidade do egoísta, amor exclusivo da sua pessoa e/ou dos seus e
interesses” e, ainda, o “amor excessivo ao bem próprio, sem
consideração aos interesses alheios”; e a definição de DEMOCRACIA, do
grego demokratia, “governo
popular”, é “o sistema político em que a autoridade emana
do conjunto dos cidadãos, baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade,
onde os mesmos governam por intermédio de seus representantes, periodicamente,
eleitos” e, ainda, o “governo do povo, soberania popular. Doutrina
ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da
distribuição equitativa do poder”.
“Então é Natal, e o que você fez? O ano
termina e nasce outra vez...”.
Uma profusão de pensamentos intuitivos me
inquietaram e aqui estou a escrever sobre este tema.
Observando os fatos e
os comportamentos das pessoas, não importando o círculo que se encontrem, seja familiar,
social, profissional, religioso, esportivo etc quando o assunto descamba para a
política, não importando, também, se nacional ou planetária, a divisão,
imediatamente, se estabelece.
Não é uma divisão
igualitária, tipo 50% para cá e 50% para lá, não! Com certeza não!
No nosso querido
Brasil, a situação se tornou, até, perigosa!
A intuição apontou para o ano de 532, em
Constantinopla, onde aconteceu a REVOLTA DE NIKÉ, no hipódromo,
durando
cerca de uma semana, até que fosse contida pelo Imperador Justiniano I. Como
não a tinha bem definida na mente, numa pequena pesquisa na internet encontrei-a
apresentada objetivamente: tal “eclodiu
porque houve uma dúvida sobre qual dos cavalos vencera a corrida - Niké
era o cavalo pelo qual a população torcia, e chegara quase empatado com outro
concorrente, o da equipe do Imperador. Consultado para resolver o dilema,
Justiniano I declarou que o vencedor era o seu cavalo. A plebe, enfurecida,
rebelou-se e começou uma discussão entre as várias classes sociais.
A
revolta, ‘de facto’, não se deu
simplesmente por causa do resultado de uma corrida de cavalos, mas sim por uma
série de motivos que já estavam acontecendo há muitos anos e incomodavam a
população. A fome, a falta de moradia e, sobretudo, os altos impostos eram os
maiores motivos de revolta.
Em
Constantinopla existiam organizações desportivas rivais, que defendiam suas
cores no hipódromo onde a rivalidade desportiva refletia divergências sociais,
políticas, e religiosas. Eram os Verdes,
os Azuis, os Brancos e os Vermelhos.
Esses grupos haviam-se transformado em “partidos
políticos”. Os Azuis reuniam representantes dos grandes
proprietários rurais e da ortodoxia da Igreja Romana; já os Verdes, em
matéria política, eram partidários da democracia pura ou anárquica, e incluíam
em suas fileiras altos funcionários nativos das províncias orientais,
comerciantes, artesões, adeptos da doutrina monofisista (que queria ver em Jesus
Cristo apenas a natureza divina), condenada pelo Concílio de Calcedônia.
Até então
os imperadores tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano
I recusou essa solução, provocando a união dos Verdes e Azuis, que se
rebelaram. A rebelião se propagou rapidamente por toda a capital e ganhou
grandes proporções.
A
população queria uma diminuição dos altos impostos cobrados. Aos gritos de Nika! (quer dizer
"Vitória"), os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase
toda a cidade, proclamando um novo imperador. Como descreve Auguste Bailly, a
população atacou os edifícios que por sua majestade ou riqueza lhe pareciam
simbolizar a ordem social que queria abater. Assim foi incendiada quase
totalmente a Igreja de Santa Sofia, e o Palácio Imperial sofreu grandes
devastações. Diante da gravidade da situação, Justiniano I ameaçou deixar o
trono, mas foi aconselhado por sua mulher Teodora, a qual disse: ‘Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação,
não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se
quiseres fugir, César, foges. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar
aberto. Eu, porém, ficarei. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela
mortalha’.
Diante
disso, Justiniano I decidiu reagir e encarregou o general Belisário de cercar o
hipódromo e aniquilar os revoltosos. A
revolta foi rapidamente reprimida pelo general que, ao lado de seu exército,
degolou cerca de trinta mil pessoas. Com a oposição controlada, Justiniano
I pôde, a partir de então, reinar como um autocrata.”
A semelhança desse fato, acontecido há 1487 anos, com as coisas absurdas
do nosso cotidiano é imensa, sendo, a grosso modo, profética.
Os brasileiros comportam-se, politicamente, como se torcessem por times
de futebol, não interessando os fatos e a autoridade que foi concedida no
pleito democrático de 2018. Agem de forma absoluta e egoísta, encastelados nas
próprias razões e interesses, sendo que o grupo minoritário socialista-comunista-bolivarianista
ou, como queiram, progressista-globalista, apeado do poder, ainda é dominador
do meio cultural e pedagógico, com aliados na mídia, buscando, por todos os
meios, minar o governo da maioria estabelecido – se alguém duvida, observe as
manifestações públicas, populares/espontâneas, em relação ao Presidente da
República, comparando-as com as do grupo anteriormente nomeado em relação ao “9
dedos”.
Ao mesmo tempo, o Poder Executivo sofre das intrigas palacianas – o
Palácio do Planalto não é o céu! - as tais que existem desde antes dos mesmos
serem construídos na face da Terra. Pessoas interesseiras, pessoas bandidas, pessoas
competentes, pessoas incompetentes etc são afastadas por pessoas interesseiras,
pessoas bandidas, pessoas competentes, pessoas incompetentes etc provocando,
entre os que elegeram o atual governante, outra divisão: a dos insatisfeitos,
por não terem a sua visão ideal de mundo atendida, agindo como, no jargão
futebolístico, vira-casacas... Curioso não?!? A propósito, sinto dizer a estes
que o céu de justiça e ética ainda não se estabeleceu na terra e não teremos
anjos para o materializar, sendo o que
está no menu é o que temos e a maioria democrática o aprova.
Certamente, a “prateleira de
cidadãos competentes” (civis e militares), disponíveis para serem
utilizados pelo Poder Executivo, está
abarrotada... Um grupo e/ou pessoa são defenestrados pela intriga palaciana
e, em seguida, aparece outro grupo e/ou pessoa no lugar e/ou as forças são
compostas de outra maneira. Em suma, quem governa é o Executivo, mas os “times de futebol e seus torcedores” não
querem saber disto, olhando sempre para o próprio umbigo, repetindo seus
mantras enlouquecidos, pouco se importando, egoisticamente, se o país poderá,
com a desunião, ser encaminhado, novamente, para o abismo. A coisa chega ao
ponto desses grupos somente lerem, assistirem, participarem de eventos etc
sobre aquilo que lhes interessam, refutando tudo de concreto, real e bom que
está sendo executado, esquecendo-se do caos que foi instalado no país pelas forças
que idolatram, acrescentando-se a estes, os insatisfeitos, também curiosamente
desmemoriados... Patético!
O país está evoluindo, independente do que as pessoas acham e, isto,
deve-se, basicamente, ao trabalho diuturno daqueles que se encontram no Poder
Executivo... Os outros Poderes da República ajudam? Sim, ajudam, mas também
prejudicam... O Poder Executivo prejudica? Pode ser, mas o saldo, por enquanto,
está muito mais positivo em detrimento dos possíveis erros que esses grupos
minoritários cismam em focar... Olham para as pedras! Prefiro a luz do farol
que se assenta sobre elas, a qual nos guiará à liberdade, à paz, à ordem e
ao progresso! Muito avançamos em um ano!! Que 2020 seja melhor!!!