segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Homenagem ao Marechal Osorio

“Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
       Há tempo de nascer e tempo de morrer”
        Livro do Eclesiastes, capítulo 3: versículo 1 e início do versículo 2.


        Um toque de clarim singular anunciava a sua chegada e a soldadesca acostumada com aquele General que “sabia bater-se, sofrer e gracejar como um soldado raso” exclamava com alegria e familiaridade: “Aí vem Manoel Luís!”.

        Ei-lo, cavalgando seu belo ginete, chapéu de feltro, poncho-pala flutuando ao vento, deixando apenas entrever a gola bordada a ouro de sua farda, empunhando a lança de ébano incrustada a prata, olhos magnéticos, fascinadores de águia, sorriso meigo, bondoso a crispar-lhe a comissura dos lábios, Ele é alvo das aclamações da soldadesca em delírio.           

    Rompe a luta em Tuiuti e a maior das batalhas da América Latina tem início.



        O General Dionísio Cerqueira, nessa ocasião, Alferes do 4° Batalhão de Infantaria, comentou: “Havia bem 05 horas que combatíamos sem cessar, e não estávamos fatigados. Não há tempo que corra tão ligeiro como o das batalhas.
          De quem seria a vitória?
         Surge, no seu belo cavalo de combate, o General Osorio, com um largo chapéu de feltro negro, o poncho flutuante..., A Lança de Ébano...Na mão larga e robusta, em cujas presilhas adeja uma bandeirola de seda vermelha... E olhar fascinante, dominando aquele cenário trágico de glória e da morte. Ouviu-se um viva retumbante. De todos aqueles lábios secos, daquelas gargantas roucas, saiu imenso, entusiástico, um viva ao General Osorio!

       Tudo transformou-se ao tremular mágico da bandeirola da lança legendária. A nossa infantaria, galvanizada por aquele homem imensamente amado, levou de vencida, até as profundezas densas das matas, os guerreiros inimigos, que sobreviveram à horrorosa hecatombe.
          A batalha estava ganha...

 
         Lopes empenhara, nesse dia, quase todo o seu exército e atirou-o contra nós por todos os lados. O ataque foi fulminante. As forças eram quase iguais.

 
       Tínhamos, felizmente, à nossa frente, o grande Osorio, que surgia como um semideus, nos momentos críticos, levando consigo a vitória.
          Ouvi, e narro com ufania, soldados feridos, estorcendo-se nas vascas da agonia, levantarem-se a meio, com a auréola da morte dourando-lhes os cabelos empastados de sangue, murmurarem em voz desfalecida, quando Ele passava: Viva o General Osorio!”


        A sua extraordinária proeza, o primeiro a desembarcar no território paraguaio, quase a nado, acompanhado de um piquete de 12 homens, afrontando impávido o inábil e displicente inimigo, o consagrou. Fez-se, naquele dia, o batedor da estrada da glória, porque o Exército tinha a certeza de vencer com ele. Ao ser indagado sobre: “- com que contava, quando ousou desembarcar no território paraguaio com apenas doze homens?”
        Respondeu Osorio: "Com o medo do inimigo. De resto, deram-me paisanos e não soldados para combatê-los. Precisava provar aos meus comandados que o seu General era capaz de ir até onde os mandava,”
        Em Passo da Pátria, Estero Bellaco e Tuiuti é o condor que se libra no espaço, com amplas penas, em cujas asas a vitória se assenta, se aninha, alucinando todas as almas, eletrizando todos os corações.

    E quando, um mês e dias, depois da vitória de 24 de Maio, por motivos que é desnecessário elucidar, passa o comando ao General Polidoro, o Exército sente que uma era de desastres se aproxima, por conta dos desentendimentos existentes entre argentinos e brasileiros no Comando  Aliado.

 
   As inúteis arremetidas de Julho e as intérminas marteladas na Linha Negra, a derrocada de Curupaiti, como que atestam a ingênua previsão de ingênuo soldado.

        Quando se soube que ele regressara ao Teatro de Operações, a pedido do então Comandante-em-Chefe, o Marquês de Caxias, e que, de galopada em galopada, se avizinhava do antigo campo de batalha, o Exército percebeu que, no seu organismo, novo sangue se inoculara, novas energias lhe agitaram a alma.
        Desde que sua silhueta se debuxou na orla dos campos de Tuiuti houve uma espécie de frenesi patriótico, que não há pena capaz de descrevê-lo.


         Formadas as tropas para prestar-lhe as homenagens militares devidas ao seu alto posto, todos a uma voz (argentinos, orientais e brasileiros), levando os bonés e as barretinas na ponta das baionetas, agitando o braço esquerdo com a mão espalmada ao alto, em hurras atroadores, em vivas retumbantes, abafando o ruído dos tambores, o clangorar das cornetas e o ecoar das bandas marciais, aclamaram Osório, erguendo-o no pedestal da Glória: Viva Osório! Viva Osorio!

         
        Mas... Quem era este homem? De onde Ele veio? Qual era a sua formação? E sua família?
        Herói de tantas guerras, soldado da Independência, Tenente na Guerra Cisplatina e na Revolução Farroupilha, chegando, nesta última, ao posto de Tenente-Coronel; Coronel nas campanhas contra Oribe e Rosas; e imortalizado na Guerra da Tríplice Aliança, sua lança invicta serviu a Pátria por quase meio século, tornando-se o mais idolatrado dos chefes militares brasileiros.
        Soldado, cidadão, político, amava mais a honra que a própria vida. Engrandeceu como poucos cada cargo e função que exerceu, conservando-se como o mais humilde dos servidores da Nação.



       
        Nasceu em Conceição do Arroio, na Província do Rio Grande do Sul, hoje a cidade de Osorio, numa radiosa manhã de Maio de 1808; sendo o terceiro filho, de dez, do Tenente-Coronel Manuel Luís Silva Borges e de Ana Joaquina Osorio.
      Filho e neto de soldados, de homens rudes que souberam, com coragem e valentia, granjear o respeito e a admiração da Província e que haveriam de legar ao jovem Osorio, desde a mais tenra idade o compromisso com a honra, com a fé e com a Pátria.
      Assentou praça, voluntariamente, na cavalaria da Legião de São Paulo, antes de completar 15 anos, recebendo o seu batismo de fogo, contra a cavalaria portuguesa, no Arroio Miguelete.
     Alferes aos 16 anos, passou, então, a possuir recursos, pensou, desta forma, aproveitando a aparência de paz que reinava na Cisplatina, em transladar-se para a Corte e aí satisfazer o seu maior desejo: “cultivar sua inteligência” que, por certo, sentia valiosa. Queria dedicar-se “à matemática e ciências militares.”



      Cumpre aqui fazer duas analogias, desse início de vida militar de Osorio, com a de dois maiores gênios da guerra – Aníbal e Napoleão. Não se trata de comparação, mas apenas de assinalar o fato, que sem dúvida não é desinteressante e não deixa de ser instrutivo. Convida a pensar.

     Aníbal fora educado pelo pai, Amílcar, à natureza, e, desde menino, acompanhava-o nos acampamentos e batalhas. Assistira, com ele, à primeira Guerra Púnica. Assistira às batalhas da Sicília. Assim fez Silva Borges com seu filho Manoel Luís. Levou-o nos acampamentos, marchas e combates, antes de lhe dar as responsabilidades das armas.

       Napoleão também, em jovem, não aspirava à carreira militar. Pensava em estudar. Seu gosto pelas armas só se manifestou depois que frequentara a Escola de Artilharia do General De La Porte du Theil. Fora para a Escola de Briennes, porque os recursos de sua família não lhe permitiam educar-se livremente e precisava ajudá-la a viver, o mais rapidamente possível. Osorio, porém, não foi neste particular, tão feliz quanto ele. Nunca pode estudar. O meio e a vida não lhe permitiram, até acontecer essa promoção ao oficialato. O requerimento que fez nesse sentido, com plena aquiescência do pai, é deferido. Entretanto, sua vontade não se torna efetiva. Estoura a Guerra Cisplatina.



         O Governo Imperial cassa todas as licenças que em tal sentido tinha dado. Osorio desgosta-se. Pede ao General Lécor que o faça seguir com a primeira tropa.




      Osorio se fez herói nessa Guerra, na Batalha de Sarandi, onde, no revés, as esperanças desabavam ao estampido dos canhões. No momento em que os bravos, ao pé da bandeira, caíam rotos pela metralha, deixando no ar seus derradeiros suspiros, em extremo recurso urravam aos céus, apesar da invejável valentia; Deus, o Senhor dos Exércitos, atendeu ao adversário.

        Nas palavras dele: “O esquadrão a que eu pertencia, e que era comandado por um Tenente do Contingente de Artilharia, teve ordem de acudir a direita que tinha sido rechaçada. Este esquadrão, cumprindo a ordem, foi em poucos instantes cercado”. Faz-se terrível o encontro. O esquadrão envolvido é rapidamente dizimado. “Dele só escaparam, combatendo braço a braço, nove Praças e eu, que nos reunimos ao Comandante da ação e, combatendo em retirada, repassamos o arroio Sarandi, em cujo passo nos sustentamos por 2 horas...”
         Não foi, porém, tão simples a ação como Osorio narra, cerca de 50 anos mais tarde.

        A escapada do cerco fora trágica. Fez-se preciso rompê-lo a ferro e fogo, com a coragem de uma iniciativa heróica. Osorio a teve e, à frente de seus homens, que consegue manter coesos e animados, arremessa-se sobre os que o cercam e rompe o assédio. Abre-se carreira desabalada, depois, pelo campo desnudo, em busca da proteção do obstáculo. Osorio é perseguido e particularmente visado. Sente que lhe vão no encalço. Ouve o grito feroz de dois orientais que o seguem. Não para. Não hesita.


       Quando, voltando-se, os vê a curta distância, refreia a carreira e abate um deles com um tiro de pistola.


       Logo em seguida o outro, enfurecido, lança-se sobre ele com a espada, a qual, Osorio, apara o golpe, com a pistola descarregada. Em seguida, utiliza-a para golpear-lhe a cabeça.


       Desembaraçando destes, alcança uma sangra, onde ao chegar vê apeado, dentro dela, seu Chefe, o então Coronel Bento Manoel Ribeiro, cujo cavalo rodara, e que se esforçava para montar de novo. Num relance vê o perigo. Era preciso protegê-lo. Para, reúne gente, forma uma guarda e espera. Isso salvou o chefe e permitiu que ele providenciasse para reunir sua gente dispersa.
      Dessas primeiras providências foi incumbido Osorio, a quem deu Bento Manoel a missão bem superior a seu posto, sem olhar que havia outros mais antigos! Impressionara-o a coragem e a iniciativa do rapaz!
      Novamente Osorio monta guarda para proteção dos seus e ocupa o Passo do Gy, por onde deverão escapar, e só o transpõe por fim. Foi o último a salvar-se. Esta foi sua estreia como oficial no campo de batalha. E de tal modo impressionante, que ficou na nossa história pela célebre frase de Bento Manoel: 


                      “Hei de legar-lhe a minha lança, porque a levará aonde a tenho levado!”
        Sim, levá-la-á muito mais longe ainda!
      Surgiu no Exército Imperial como simples soldado. De muitas batalhas participou. Se quisesse Deus que tombasse nessa condição, teria caído como caem as abnegações desconhecidas, os sacrifícios ignorados e os heróis anônimos, porém, o poupou para guiar exércitos, preservando-o para ser o senhor das batalhas, para ser venerado por gerações e admirado pela Pátria!

      Legalista, lutou de Tenente a Tenente-Coronel, na Revolução Farroupilha, a mais fratricida de nossas lutas intestinas. Martírio do soldado que antes do coração, atendeu o dever.





        Em 1850, parte para o Uruguai e, em seguida à Argentina, é a Campanha contra Oribes e Rosas, no comando do 2º Regimento de Cavalaria Ligeira, entre tantas pelejas, segue sempre na vanguarda e em Monte Caseros, carrega sobre a Artilharia inimiga, lega mais um dia inesquecível para a Cavalaria brasileira, entrando vitorioso em Buenos Aires.


           
        Quinze anos adiante, na Guerra da Tríplice Aliança o seu gênio militar ascendeu ao patamar da lenda e eternizou-se na memória da Nação. Feito Comandante-em-Chefe do Exército Brasileiro em Campanha, em face ao ousado ataque Guarani, organizou a tropa e deu-lhes instrução.

         Muitas batalhas seriam travadas após Tuiuti... Já sob comando de Caxias, vieram Estero Rojas, Curupaiti, Estabelecimiento, Humaitá, Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angustura.... Cabe, aqui, uma observação: não obstante as correntes políticas hostis a que se filiaram, Caxias, o Partidor Conservador, e Osorio, o Partido Liberal, ambos entenderam-se na esfera de atividades militares, às maravilhas. Portaram-se de tal modo que se pode dizer sem erro, representarem um o Chefe, Caxias, e o outro o Exército, Osório, mutuamente confiantes.
         Até a guerra do Lopes, quando então a personalidade de Osorio se projetou no cenário nacional, parecendo querer rivalizar com a de Caxias, jamais se conheceu nas suas  relações quaisquer sinais de dissídios; e, quando surgiram tais sinais, por obra da politiquice da época, ainda então, não nega Osorio a Caxias , nem seu respeito, nem suas homenagens, lastimando publicamente, da tribuna do Senado, os surgidos desentendimentos.

         Após a Batalha de Avaí.... Um texto do livro “O Cobrador”, edição de 1979, comenta o seguinte: “No meio da neblina, do lado norte do campo, surgiu o General-Comandante cavalgando um tordilho, acompanhado de um ajudante-de-ordens. Vestia o poncho azul com forro vermelho, segurava as rédeas na mão esquerda e com a direita mantinha um lenço negro contra o rosto. Um tiro arrebentara seu maxilar e alguns dentes da frente. Havia manchas de sangue no seu poncho. Ele estava enganchado na sela como alguém que tivesse passado a vida inteira naquela posição. Os soldados, obedecendo ao comando de Rias, ficaram em posição de sentido.O General imobilizou sua montaria e sem soltar as rédeas levantou a mão esquerda pedindo silêncio. Mas ouvia-se apenas o ranger do couro das selas e dos loros, o retinir das esporas e barbelas, o resfolegar dos cavalos contidos pelos freios. O General tirou o lenço do rosto e começou a falar: ‘Camaradas do 2º Regimento, Dragões Reais de Minas...’ O ferimento da boca não permitia que ele pronunciasse as palavras corretamente. Eu dormitava sobre a minha sela e mal entendia o que ele dizia.

          O velho Sargento Andrade, dado como morto, esticado ao lado de uma carreta de munição, as esporas gastas de ferro enfiadas na terra estrangeira, o uniforme roto e sujo de lama, levantou-se, fez uma continência e caiu ao chão. Alguns soldados riram à socapa.
          Osorio parou de falar. Respondeu a continência olhando o corpo imóvel de Andrade, seu rosto meio escondido pelo lenço negro. Fez um gesto para o ajudante-de-ordens, esporeou o cavalo e partiu num trote curto em direção ao acampamento do 5°”.
          Por conta deste ferimento, Osorio passou o comando do III Corpo de Exército, permanecendo, entretanto, no campo de batalha, pois sua simples presença infundia ânimo aos soldados. Osorio reunia à bravura, que o fazia lançar-se na luta na frente de todos, à simplicidade no trato com os soldados. Por esta razão era um dos oficiais que tinham mais prestígio junto à tropa.
        O ferimento obrigou-o a um novo período de repouso no Brasil, onde permaneceu entre fevereiro e julho de 1869.

         Em 6 de julho, com as Forças Imperiais sob o comando geral do Conde d’Eu, a pedido, assumiu no Paraguai a direção do I Corpo do Exército.


          Sem estar completamente restabelecido, participou da batalha de Peribebuí, onde escapou por pouco ao fogo inimigo.
           Em 23 de novembro, seu estado de saúde obrigou-o a deixar definitivamente o Paraguai.
           Após o fim da guerra, em 29 de dezembro, foi elevado a Marquês do Herval.

        Garantida à vitória, retorna a Pátria, sendo ovacionado aonde quer que fosse, recebendo presentes como a Lança de Honra, no Rio de Janeiro, e a espada de honra, em Porto Alegre; e demonstrações fanatizadas de apreço. Continua a serviço do País como Senador e Ministro da Guerra; ofertando à Nação os mais belos exemplos de inteireza moral e amor a Pátria.

        Passam-se os anos, Osorio, no leito de morte, recebe a visita do seu médico, o Dr. Flores: “Como vai Marquês?”...“Águas abaixo...Para a eternidade”, responde... De outra feita, o Dr. Flores, dá-lhe os bons dias. Osorio responde: “Os bons dias já se foram...”
            Em 04 de outubro de 1879 falecia.

           Disse um poeta em sua homenagem: “Todos choram a morte do guerreiro! Como é belo, meu Deus, o povo inteiro chorando um homem só!”

        Um fato curioso: “A homenagem a um dos maiores estrategistas do nosso Exército foi o monumento erguido na Praça XV de Novembro, a principal praça da época do Império.
           A obra foi possível depois de uma campanha de coleta de fundos que durou 14 anos. Daí a expectativa que havia no dia da inauguração, a 12 de novembro de 1894.
            Com o antigo Paço Imperial lotado, uma lona cobria o monumento. E qual não foi a surpresa da multidão que estava no local naquele dia quando a estátua foi inaugurada? Para os dias de hoje, é um detalhe pequeno, mas naquela época foi um escândalo. Seria o chapéu? O jeito de montar? Não, eram os sapatos. Ele não estava com botas de montaria, e sim com um sapato comum. Apenas a espora o identifica como um cavaleiro.
            Em outras estátuas de figuras históricas na cidade isso não acontecia. Dom João VI, em frente à estação das barcas, usa botas; Dom Pedro I, na Praça Tiradentes, usa botas. Como podia um marechal, um herói de guerra, montar de sapatos? 
           O escultor quando mostrou o projeto à filha de Osorio, inicialmente, a estátua estava de botas. Mas ela rejeitou. Disse que o pai não usava botas. Ele sofrera um ferimento na perna, que infeccionara, e ele só usava calçados em recepções oficiais. Ele lutou toda a Guerra do Paraguai descalço!” conta o historiador Milton Teixeira. Como retratar um herói de guerra descalço? Não ficaria bem. Mas o escultor Rodolfo Bernardelli, nascido no México, usou a liberdade de criação do artista, que por aqui ganhou outro nome. "Usou-se o jeitinho brasileiro e colocaram-no de mocassim", revela Teixeira.


             E assim, o Marechal Osorio foi homenageado com uma estátua única, forjada do bronze dos canhões tomados do Paraguai, a qual utilizava o seu túmulo como pedestal, até 1993, quando seus restos mortais foram exumados e transladados para o Parque Histórico que leva o seu nome, no município de Osorio/RS.

          “Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: .....
           ....tempo de guerra e tempo de paz.”
        Livro do Eclesiastes, capítulo 3: versículo 1 e final do versículo 8.

            Quis o Senhor dos Exércitos que, no momento mais sangrento da história da Nação Brasileira, existisse Osorio, sobre o qual nós, seus filhos espirituais, podemos refutar o poeta: os heróis não morrem jamais! Eternizam-se na lembrança dos seus feitos e exemplos!

             Nas bandeirolas, das Lanças de Batalha e de Honra, estão bordadas, em fios de ouro,  duas  estrofes.
               Na Lança de Batalha, as perguntas:
                - "Quem foi o guerreiro, o audaz temerário, que em tantas pelejas constante se achara?"
                - "Quem foi o lanceiro, o herói legendário, que o solo inimigo primeiro galgara?"
               Na Lança de Honra, as respostas:
                 “As águas do rio, no Passo da Pátria,
                 As matas sombrias, o rijo pampeiro
                 Ufanos respondem: um rio-grandense,
                 Osorio, o colosso! Osorio, o guerreiro!”

               SELVA!!!


(Texto da palestra comemorativa do DIA DA CAVALARIA, aplicada em 10 Maio 2012, no auditório do Cmdo 8ª Região Militar, Belém/PA – alguns autores foram ostensivamente citados, outros não - Peço a compreensão de todos)


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