sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Atavismo, Política, Estratégia... E a Ética?!?


Se o ATAVISMO é um fenômeno que ocorre, no inconsciente de um indivíduo (ou de uma coletividade), com o reaparecimento de caracteres psíquicos (ou psicossociais) e/ou genéticos, que pertenciam às gerações antepassadas; se a POLÍTICA se traduz pela pergunta “o que fazer?”; e se a ESTRATÉGIA, igualmente por uma pergunta, “como fazer?”, a nossa nação está mergulhada num imbróglio desde o seu parto.

Os portugueses, como povo que forneceu o sentido de Estado Nacional para o Brasil, à época, tinham por POLÍTICA as práticas do “é dando que se recebe”, do “apadrinhamento”, do “cabide de emprego” etc o que gerava a ESTRATÉGIA do “quem parte e reparte, se não ficar com a melhor parte, ou é bobo ou não tem arte”, as quais, 518 anos após, continuam, ATAVICAMENTE, a nos assombrar, evidenciados pela consequência que identificamos por CORRUPÇÃO.

Certamente os brasileiros buscaram e continuam a buscar meios para se livrar de tal mal agindo no próprio, passando a identificar na classe militar, atualmente, como a instituição capaz, pela maneira de atuar e se comportar, de CAPITANEAR uma transformação no País. No entanto, no final do Regime Militar, tal mal também foi evidenciado e foi um dos causadores do seu fim.

Muitos apontam para partidos políticos (e seus integrantes), os empresários e as ideologias que os norteiam, como os causadores dos dissabores, esquecendo-se da origem dos nossos problemas. A busca pela solução nos militares, pela imagem que apresentam, inconscientemente aponta para a causa que vence o ATAVISMO que nos prejudica: a ÉTICA.


A verdade é o apanágio básico da ÉTICA e tal é cultuado em todo o meio militar, encontrando-se, no seu Regulamento Disciplinar, o “FALTAR COM A VERDADE” como a principal e mais odiosa transgressão, capaz de destruir toda a carreira de quem a cometeu. 

Forçosamente necessitamos passar por uma REVOLUÇÃO CULTURAL, pacífica e ordeira, como é a nossa nação, na qual o ensino e a difusão exaustiva da ÉTICA e seus valores se alastraria, identificando, envergonhando, contendo, combatendo, quiçá aprisionando, transformando em minoria aqueles que continuassem a transgredi-los... Fica a pergunta que não quer se calar: como podemos resolver nossos problemas sempre praticando as mesmas coisas que os causaram? As nossas FAMÍLIAS nos ensinam que os grande furtos começam com a prática de pequenos delitos, então...





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